Brasil

John Sapieha lecionava na Hampstead Bible School, em Londres, quando conheceu Gary em 1988, que estava frequentando suas aulas lá enquanto estava em licença de seu trabalho de missão no Brasil. A visita de Gary ao HBS em 1988 serviu para responder a uma oração que João estava segurando ao Senhor sobre como combinar o ministério da prisão, a qual ele se sentia chamado, com um retorno ao Brasil, que ele havia deixado em 1984 e onde ele tinha família. Ao saber do trabalho da FPF no Brasil por Gary, John percebeu que era uma porta que o Senhor estava abrindo para ele, de acordo com sua vocação.

Após a convocação veio provisão para financiar seu retorno ao Brasil em 1991, onde começou a carcerária e a trabalhar com delinquentes juvenis no presídio juvenil “FEBEM” com a FPF em São Paulo, e a partir de 1992 também no Rio de Janeiro.

Richard também conheceu Gary enquanto ele estava em uma licença na Inglaterra no final da década de 1980 e igualmente se sentiu chamado pelo Deus para se juntar como missionário. Ele foi pela primeira vez ao Brasil em 1992 e foi ordenado pastor lá. Mesmo agora, 30 anos depois, ele ainda serve fielmente o Senhor em sua segunda casa no Brasil.

João serviu fielmente ao Senhor até morrer após uma breve doença em agosto de 2021, ele tinha 87 anos.

Como chegamos ao Brasil a partir do Peru em 1987

Rio 1987

Em março de 1987, Ron e Gary sentiram que era hora de deixar o Peru, finalmente. Ambos estavam lá há 5 anos. Mas havia um problema: a legislação peruana não previa prisioneiros estrangeiros e, portanto, não havia regulamentação do que ex-prisioneiros estrangeiros deveriam fazer, além de permanecer no país até o fim de suas sentenças, o que ainda seria de muitos anos para o futuro. Tudo isso por conta própria, já que não havia sistema social, não havia assistência médica, nem moradia, nem direito legal de trabalhar ou iniciar um negócio ou mesmo assinar um contrato. Além disso, mesmo após o término do tempo, havia outro dilema kafkaesque: por falta de legislação, após o término de suas sentenças, ex-prisioneiros estrangeiros eram considerados imigrantes ilegais, por terem ficado com seus vistos de turista originais de 30 ou 90 dias, por sua vez, que, por sua vez, exigiam pesadas multas a serem pagas, antes que qualquer decisão sobre a concessão de deixar o país pudesse ser considerada….

Assim, por recomendação de amigos do “Instituto de Linguística de Verão – Tradutores bíblicos de Wycliffe”, em março de 1987, Gary e Ron se despediram de todos e voaram de Lima para a cidade da selva de Pucallpa. Eles ficaram na base de tradutores do Wycliffe “Lake Yarinacocha” por alguns dias e, em seguida, fizeram um voo de 45 minutos com um pequeno avião de hélice de motor único de Pucallpa a 200 km da fronteira amazônica com Cruzeiro do Sul, no estado do Acre, Brasil.

Ron se lembra:

“Foi um milagre, pois este voo só operou por um tempo muito curto e o oficial de imigração peruano no aeroporto de Pucallpa olhou para nossos passaportes recém-emitidos sem selos de entrada neles. Primeiro ele disse, não podemos sair do país assim, teríamos que voltar para Lima e pegar uma cópia do nosso registro de entrada. Isso era impossível, claro! Deixamos o balcão abatido e rezamos a Deus o que fazer a seguir, quando o oficial veio atrás de nós e nos chamou de volta. Ele então simplesmente nos concedeu para deixar o país e carimbou nossos passaportes. Ele até ajudou a levar nossas malas para o avião de hélice “Cessna 206” monomotor e nos acenou com adeus.

Quando chegamos ao Brasil no aeroporto pequeno, mal utilizado, mas novinho, também no meio da selva, e tinha passado pela imigração e alfândega, fui ao banheiro e li “Jesus é o Salvador do Mundo” rabiscou bem na minha frente, e fiquei espantado com essa mensagem de ‘escrita na parede’ e como era verdade! “

De lá, voaram mais 3.500 km até o outro extremo do país, até o Rio de Janeiro. Encontraram um apartamento barato no bairro de Botafogo, com vista ao famoso Pão de Açucar e Gary imediatamente checou igrejas internacionais, embaixadas e prisões para continuar o ministério a prisioneiros estrangeiros. Depois de um mês, Ron passou a retornar à Alemanha, mas Gary permaneceria no Brasil a maior parte de sua vida, alternando entre Rio e São Paulo, indo regularmente para a cidade fronteiriça de Foz do Iguaçu, no sudoeste do país, e para Assunção, no Paraguai, para obter seu visto renovado e também visitar prisioneiros estrangeiros por lá.

Nas famosas cachoeiras do Iguaçu, durante uma visita de Rony em 1989

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